segunda-feira, 31 de agosto de 2020

ESTER

1. Nome - nome persa da jovem judia Hadassa, da tribo de Benjamim, cujos pais faleceram durante o exílio babilônico.  Quando caiu o Reino do Norte (722-721 a.C.), os israelitas foram exilados nas cidades dos Medos (2 REIS 17. 6)  Após a conquista da Babilônia por Ciro, Rei da Pérsia, em 539 a.C., alguns membros dos exilados judaicos pelos babilônicos (605 - 586 a.C.), mudaram-se para o Leste para as cidades da Medo-Pérsia.  Somente cerca de cinquenta mil pessoas retornaram a Israel em 538 a.C. (ESDRAS 2. 64-67).  Mardoqueu ou Mordecai, foi judeu no cativeiro que não retornou para Jerusalém com Sesbazar em 538 a.C., tinha um nome civil babilônico, derivado da divindade Marduque.  A história narrada no livro de Ester pertence ao período compreendido entre a primeira volta do exílio, e a ida de Esdras e Neemias para Jerusalém (ESDRAS 6-7);


2. Autor - desconhecido, entretanto alguém que entendia tanto do judaísmo quanto da vida na corte persa;

3. Data - escrito pouco após os eventos narrados (483-473 a.C.), por volta de 460 a.C.;

4. Conteúdo - a narrativa do livro desenvolve-se em torno de três festas: festa de Assuero, nome judaico do Rei persa Ataxerxes (1-4), a festa de Ester (5-8), e a festa de Purim (9-10).  Nosso autor amava festas, porquanto o livro de Ester é repleto de banquetes (1. 3-4; 1. 5-8; 1. 9; 2. 18; 3. 15; 5. 1-8; 7. 1-10; 8. 17; 9. 17; 9. 18-32).  O ponto culminante do livro ocorre em um banquete - a Festa do Purim (celebrada nos dias 14 e 15 de Adar (fevereiro-março) - ESTER 9. 21-32;

5. A presença de DEUS - apesar de não referido no livro de Ester, demonstra-se perceptível o seu comando sobre toda a narrativa, enquanto SENHOR da História (SALMO 121), conforme se observa claramente na sua intervenção para transformar o projeto de destruição do povo hebreu por Hamã (amalequita - 1 SAMUEL 15. 7-8 - ESTER 3; ÊXODO 17. 8-16; DEUTERONÔMIO 25. 17-19), em salvação para o seu povo (ESTER 9), a partir do protagonismo de Mardoqueu e Ester (ESTER 6): o Rei não conseguir dormir, o pedido para ler o livro das recordações, a descoberta do realizado por Mardoqueu (ESTER 2. 21-23), a entrada de Hamã na Corte;

 6. O exílio dos judeus - os judeus ainda se encontravam na Pérsia muito tempo após o exílio, conforme demonstram descobertas arqueológicas, porquanto apenas aproximadamente 50.000 regressaram a Judá, pequeno percentual dos que resolveram na Pérsia fixar morada, estabelecer nova existência.  Tal dispersão contribuiu sobremaneira para a difusão do Judaísmo, e, posteriormente, do cristianismo, posto que os missionários cristãos, não raro, iniciavam seu evangelismo a partir das sinagogas;

7. A eternidade da palavra de DEUS (TIAGO 1. 17) - DEUS não modifica a sua conduta, porquanto continua a dirigir e usar a todas as criaturas em favor de seu Reino (MATEUS 21. 1-5; ZACARIAS 9.9), e demonstra no livro de ESTER, mais uma vez, a sua benignidade para aqueles que cumprem o seu propósito (ROMANOS 8. 28; GÊNESIS 37-50);

8. Necessidade de obediência à palavra de DEUS para o momento oportuno - assim como Mardoqueu e Ester, que foram usados porque estavam preparados para a oportunidade de servir ao Reino de DEUS, a vontade dEle é que nos aperfeiçoemos em obediência às suas prescrições, para que possamos ser partícipes da obra da graça (MATEUS 10. 27-40; 1 TIMÓTEO 2. 3-4);

9 - O respeito às autoridades - Ester, bem como José e Daniel, todos reconheciam a autoridade de seu governante (ROMANOS 13. 1-8), pela razão de que é onde DEUS nos coloca que devemos agir em favor da obra do Reino (JEREMIAS 29. 4-7).  As mulheres na corte persa eram por vezes desrespeitadas, mas Ester confiou na orientação de Mardoqueu (ESTER 4. 13-14);

10 - A importância de aguardar o momento correto (ECLESIASTES 3. 1-8) - Ester não revelou ao Rei da Pérsia que era judia (ESTER 2. 10), nem se apressou a lhe contar o plano de Hamã, mas convocou o seu povo a jejuar e orar (ESTER 4. 16), também não se adiantou em revelar o seu desejo (ESTER 5), porquanto conhecia ISAÍAS 64. 4. 


BIBLIOGRAFIA


Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.


Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.


VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.

Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.

GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.


Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.




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