segunda-feira, 27 de julho de 2020

Vem SENHOR JESUS

                      Após o tempo do SENHOR (ECLESIASTES 3. 1-8) permitir que as bênçãos celestiais reservadas pudessem encontrar o solo fértil para a capacitação e realização das ideias que o Espírito Santo sopra intimamente em minha mente, em meu coração, em meu espírito, enfim, em meu ser, graças aos irmãos levitas @lucasbatera_oficial, baterista repleto do Espírito Santo, quem primeiro acreditou em mim, enquanto capaz de proclamar o Evangelho atrás da música e, logo me apresentou a @natandreamline, contrabaixista e arranjador cheio dos talentos outorgados pelo "consolador", quem me convidou para integrar a banda onde tocavam, a @oficialfaiaroots, onde pude, inclusive, participar de uma de suas apresentações evangelísticas, que não tiveram continuidade em decorrência da falta de maturidade espiritual à época, capaz de conduzir a continuidade do trabalho, que cedeu diante das diversas oposições que se levantaram, pude realizar mais um sonho: gravar um registro fonográfico, o que somente aconteceu devido ao imenso talento concedido pelo ES ao produtor @rjuniormachadomaia, que soube conduzir, exigir e retirar o melhor de cada levita, para que o resultado final suba como "aroma agradável às narinas" do Pai.



                          Foram quatro dias de gravação e mixagem, de modo a completamente desmistificar a noção do senso comum de que "músico não trabalha", porquanto a seriedade e cuidado da produção e dos profissionais envolvidos, nas mais de vinte horas entre gravação e mixagem, no estúdio do amado irmão @elderyprodutor, de modo que o resultado final, creio, seja um importante canal de evangelização.





                                         

                   O registro fonográfico, antes mesmo de disponível nas plataformas digitais, já rendeu frutos, como a entrevista concedida ao Estúdio CBN, apresentado por @denisonkachoventurasantana.




quinta-feira, 23 de julho de 2020

ESDRAS

1. Nome - intitulado com o nome de seu principal personagem, formava, em sua origem, juntamente com Crônicas dos Reis e Neemias, uma só obra; Flávio Josefo, historiador que viveu entre 37 e 100 d.C., bem como o Talmude (o mais tradicional e respeitado comentário rabínico a respeito das Escrituras), e a Septuaginta, LXX (a mais antiga tradução do AT para o idioma grego) referem-se ao livro de Esdras, que também continha Neemias.  Orígenes, egípcio de Alexandria, que viveu entre 185 e 253 d.C., cristão filósofo, foi o primeiro teólogo e comentarista a fazer separação entre Esdras e Neemias, opção posteriormente adotada pela Vulgata latina (390-405 d.C.), a primeira tradução da Bíblia para o latim, a partir dos manuscritos em hebraico, aramaico e grego, conforme denominou Jerônimo, seu principal biblista e tradutor, e pela tradução realizada por 50 eruditos das principais universidades inglesas sob a liderança do Rei Tiago, ou King James, em 1611, bem como para as sucessivas edições da Bíblia Hebraica, após o manuscrito hebraico de 1448;

2. Autor - Esdras, sacerdote, zeloso guardião da Lei, torna-se o grande reformador religioso do povo judeu;

3. Data - entre 456 a.C. (ESDRAS 10. 17-44) e ano 444 a.C.;

4. Contexto - continuação da História de Israel narrada em 2 Crônicas, o livro relata o retorno do povo a Judá, e a reconstrução do Templo, base do seu restabelecimento na terra que DEUS prometera, apesar das muitas lutas e obstáculos;

5. Propósito - o livro registra o cumprimento da promessa divina de restaurar o povo de Israel em sua terra após 70 anos de cativeiro na Babilônia (JEREMIAS 25. 11), que somente foi possível porque DEUS convenceu três imperadores persas: Ciro, Dario e Ataxerxes, e usou líderes judeus como Zorobabel, Josué, Ageu, Zacarias e Esdras.  Ciro conquistou a importante cidade da Babilônia em 539 a.C., no mês de outubro, e consoante a sua política de promover o retorno dos povos subjugados às suas terras de origem, promulgou em 538 a.C. um decreto que autorizava os judeus a retornarem à Jerusalém, sob a liderança de Zorobabel;

6. Conteúdo - ESDRAS 1 a 6 registra o retorno dos judeus exilados na Babilônia, e a construção dos alicerces do templo; nos capítulos 7 a 10 há a narração do emocionante retorno de Esdras à Jerusalém, sob a permissão e favor do Rei Ataxerxes, no escopo de proceder ao reavivamento espiritual de seu povo;

7. Exigência do processo de santificação - a falta de mulheres judias provocou o casamento de muitos homens judeus, inclusive líderes, a esquecer a exigência da pureza do casamento orientada por DEUS (2 CORÍNTIOS 6. 14-18), de modo que o reavivamento espiritual dirigido por DEUS exigiu, de início, a renovação da vida religiosa e moral do povo judeu (ESDRAS 9. 1 - 10.44), o que nos exorta à separação do mundo enquanto pré requisito para a aliança com o Pai.


BIBLIOGRAFIA


Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.


Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.


VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.

Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.

GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.


Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.

domingo, 12 de julho de 2020

2 CRÔNICAS

1. Nome - "divre hayyamim" em hebraico, que significa "Os acontecimentos dos anos" ou "anais dos tempos", de Adão no Éden até o Decreto do Imperador Ciro que autorizou os exilados judeus a retornarem da Babilônia à sua terra (538 a. C.), motivo pelo qual Jerônimo (347-420 a.C.), o tradutor da Vulgata latina, demonstrou que um título mais adequado seria "Crônica de Toda História Sagrada", ideia adotada por Lutero em sua tradução da Bíblia para o idioma alemão;

2. Autor - originalmente formava um único sêferrolo, livro até 180 a.C, e ainda que não expresso no livro, Esdras tem sido tradicionalmente apontado como seu "compilador autor principal" (KJA), pois, sem sombra de dúvida, utilizou fontes escritas, de importância histórica, para compor a sua obra: Livro da História de Natã, o profeta (2 Cr 9. 29); Livro da História de Semaías, o profeta (2 Cr 12. 15); Livro da História do Profeta Ido (2 Cr 13. 22); Livro da História dos Reis de Judá (2 Cr 24. 27); Livro da História dos Reis de Judá e Israel (2 Cr 16. 11; 27. 7); Livro ou "Atas" dos Reis de Israel (1 Cr 9. 1; 2 Cr 20. 34; 33. 18); Profecia de Aías, o silonita (2 Cr 9. 29); Registro das Genealogias (2 Cr 12. 15); e Visões ou Livro de Ido, o vidente (2 Cr 9. 29; 12. 15);

3. Data - por volta da segunda metade do século V a.C., entre os anos 450 e 425, durante a vida de Esdras;

4. Contexto - continuação da História de Israel iniciada em 1 Crônicas, o livro apresenta os reis de Judá a partir de seu terceiro rei, Salomão, até o último rei na época do exílio, e demonstra que apesar dos tempos difíceis enfrentados pelo povo de DEUS, sempre resta esperança no futuro;

5. Propósito - os autores de Samuel e Reis organizaram e interpretaram os dados da História de Israel para tratar das necessidades da comunidade exilada, já Esdras escreveu para a comunidade restaurada para enfatizar a importância da pureza religiosa e estabelecer um alicerce espiritual sólido que reincorporasse o verdadeiro culto a Yahweh, DEUS.  O livro rememora para os seus leitores o princípio da dependência do povo de Israel à fidelidade ao SENHOR, de modo a recompor o espírito da comunidade judaica pós exílica, que resultaram na reconstrução do Templo, bem como das muralhas de Jerusalém;

6. Conteúdo - começa com uma descrição do reinado de Salomão, passa a relatar a rebelião das tribos do Norte, que resultou na constituição de um reino independente da dinastia davídica, e em seguida, a narração concentra-se nos reis de Judá, até a queda e destruição de Jerusalém (587 a.C.), e depois de uma breve descrição do exílio na Babilônia, termina com o decreto de Ciro, que autorizou o regresso dos judeus a Jerusalém;

7. O Reino dividido - desprovido da sabedoria de Salomão, Roboão ignorou o pedido de Israel por diminuição dos impostos e do trabalho árduo (2 Cr 10. 1-15), tendo culminado na divisão do Reino de Israel, que coroou Jeroboão seu rei (2 Cr 10. 15-19).  Siquém passou a ser a capital de Israel, no Norte, enquanto Jerusalém governava sobre Judá.  Jereboão transferiu a capital para Tirza, mas anos depois, Onri construiu a cidade de Samaria, com escopo de tornar-se centro do poder.  A divisão do Reino contraria o princípio da comunhão (MATEUS 18. 20), núcleo de toda a Bíblia, pois já advertira o CRISTO: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá."  MATEUS, 12. 25


8. Obediência precede à bênção - apenas os reis obedientes prevaleceram: Josafá (2 Cr 17. 1 - 20. 37); Joás (2 Cr 24. 1-16); Uzias (2 Cr 26. 3-23); Ezequias (2 Cr 29. 1 - 32. 33); Josias (2 Cr 34. 1 - 35. 27).  Os reis ímpios como Acaz (2 Cr 28. 1-52(7) e Manassés (2 Cr 33. 1-20), de reinado mais longo - 52 anos - incluiu na adoração a Baal, inclusive, o sacrifício de crianças, tendo por fim arrependido-se (2 Cr 33. 12-13), durante o exílio na Assíria;

9. O fim da era dos reis - após a queda da Assíria, Judá passou a ser observado pelo Egito e pela Babilônia, tendo permitido DEUS a destruição de Jerusalém pela Babilônia (2 Cr 36. 15-19), onde muitos foram massacrados, e o restante foi levado para o exílio (2 Cr 36. 20), até ser substituída a geração de perversos (2 Cr 36. 21);

10. O templo de DEUS - o autor encoraja os exilados a priorizar o templo como símbolo da supremacia divina, tendo Salomão intentado que refletisse a majestade de DEUS, embora baseado no tabernáculo.  Como manifestação de aprovação, o povo de DEUS é agraciado pela sua presença no templo, em forma de fogo (2 Cr 7. 1), símbolo de sua presença no êxodo;

11. Disponibilidade dos recursos de DEUS - assim como Salomão, que escolheu sabedoria (2 Cr 1. 7-10), os bons líderes nada buscam para si mesmos, mas apenas são transformados pelo Eterno, no escopo de servir à comunidade, pois a obra é dEle, e somos apenas usados conforme determina, e distribui os dons (1 Cor 12. 28-30);

12. Princípios do reavivamento - a mensagem do Evangelho é simples e eterna.  DEUS busca o nosso arrependimento, e para o reavivamento espiritual o caminho é ensinado por Salomão (2 Cr 7. 14; Prov 28. 13; MAT 3. 2).


BIBLIOGRAFIA


Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.


Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.


VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.

Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.

GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.


Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.