domingo, 21 de maio de 2017

Nada de novo debaixo do sol


                            Os meios de comunicação do Brasil encontram-se, há alguns anos, abarrotados de notícias que comprovam a corrupção e o estágio deplorável a que chegaram as instituições políticas de todos os poderes da República.



                           Desde que o ser humano desobedeceu a Palavra de Deus, através da conduta de Adão e Eva, iludidos pela serpente, percebemos que embora criados “à imagem e semelhança” (GÊNESIS 1. 26) de Deus, afastamo-nos progressivamente de nosso propósito de dominar sobre todos os seres, inclusive “sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” (GÊNESIS 1. 26).



                          Nossa raiz de desobediência à Palavra de Deus manifestou-se de tal maneira durante a História, que o povo eleito através de Abraão, passou a cultuar, desde então, numa manifestação primeira de idolatria, o “bezerro de ouro”, consoante nos relata Moisés:

“Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.
E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos.
Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão.
E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” ÊXODO 32. 1-4. (Grifos nossos)



                           Desde então, o ser humano passou a perseguir bens materiais, afastando-se do teu propósito em Deus, objetivo que restou maximizado com o advento da sociedade capitalista globalizada, onde os seres humanos buscam prestígio, poder e riqueza, completamente distantes de tua essência, mas ao revés, sem Cristo, resultamos no pó da dispersão, da desorganização, do despropósito:

“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” GÊNESIS 3. 19.



                            A humanidade recusou o governo de Deus, mormente o povo judeu, ao exigir um Rei:

“Quando, porém, disseram: "Dá-nos um rei para que nos lidere", isso desagradou a Samuel; então ele orou ao Senhor.  E o Senhor lhe respondeu: "Atenda a tudo o que o povo está pedindo; não foi a você que rejeitaram; foi a mim que rejeitaram como rei. Assim como fizeram comigo desde o dia em que os tirei do Egito até hoje, abandonando-me e prestando culto a outros deuses, também estão fazendo com você. Agora atenda-os; mas advirta-os solenemente e diga-lhes quais direitos reivindicará o rei que os governará.”  (1 SAMUEL 8. 6-7). Grifo nosso.



                         Dessa forma, progressivamente ao longo de História, o ser humano foi se afastando de Deus, criando mecanismos de governo, e substituindo um governante que tudo sabe por obras humanas limitadas, imperfeitas, falíveis, sob a ilusão do pecado original, pois continua a querer conhecer “o bem e o mal”, quando o nosso papel é simplesmente obedecer aos mandamentos (ÊXODO 20), a forma de vida que Deus escreveu com o próprio dedo e entregou a Moisés no Monte Sinai.



                         Entretanto, como poderíamos nos despir de nossa própria essência, através de comportamento tão contrário às escrituras, de forma exitosa?  Não espanta, que ao conceber uma forma e um sistema de governo baseados no coração enganoso e corrupto do ser humano, todas as tentativas de divisão e de separação de poderes, através da ilusão de sua harmonia teórica e normativa, resultaram em ineficiência administrativa, vez que apenas o nosso criador, onipotente, onisciente e onipresente sabe o que é melhor para nós:

“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.”  JEREMIAS 29. 11.



                         Ademais, todas as tentativas humanistas e democráticas de governo falham numa premissa essencial: desde Adão e Eva não sabemos exercer a liberdade com que fomos dotados sem o auxílio do Espírito Santo, em outras palavras: não sabemos escolher:

“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.” GÁLATAS 5. 13.



                       Portanto, que aproveitemos a óbvia impotência humana para nos voltar para Deus, no escopo de restaurar a comunhão perfeita que tínhamos com o criador antes de pecarmos (GÊNESIS 2. 25), através da modificação de nossa postura, em consonância com o fato de que dependemos completamente daquele que tem em suas mãos o controle da História, para deixarmos de querer conhecer, para simplesmente obedecer:

“Disse então ao homem:
'No temor do Senhor
está a sabedoria,
e evitar o mal é ter entendimento' ".  JÓ 28. 28



                          Afinal, a única forma de nos salvar é deixar o Cristo assumir o controle de nossas vidas (APOCALIPSE 3. 20), através do arrependimento, da lavagem de nossas vestes no “sangue do Cordeiro” (APOCALIPSE 22. 14), pois deseja nos salvar a todos (1 TIMÓTEO 2. 4), e por mais que nos esforcemos em nos modificar, evoluir, a Palavra do Eterno nos garante:

“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” ECLESIASTES 1. 9.