segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

1 REIS

1. Conjuntura - examina os eventos que levaram Israel do glorioso reinado de Salomão (970-930 a.C.) à divisão, ao declínio e ao desastre (2 REIS), devido à desobediência à palavra de DEUS;

2. Autor - há poucas evidências históricas e exegéticas para a definição da autoria dos livros de 1 e 2 Reis.  A tradição judaica, entretanto, atribui a sua autoria ao profeta Jeremias, porque no último capítulo de 2 Reis há fortes indícios de haver sido escrito por alguém que viveu na Babilônia, lugar onde Jeremias passou seus últimos dias.  O autor se serviu de diversas fontes como, por exemplo, os arquivos do Templo, bem assim das narrativas relativas aos profetas.  Explicitamente, o livro menciona documentos considerados perdidos hoje para a investigação histórica: Livro da História de Salomão (1 REIS 11. 41), Livro da História dos Reis de Israel (1 REIS 14. 19), Livro da História dos Reis de Judá (1 REIS 14. 29);

3. Data - período subsequente à libertação de Joaquim da prisão, por volta de 562 a.C. (2 REIS 25. 27-30) e antes do fim do exílio babilônico em 538 a.C.;

4. Reinado de Salomão - posteriormente à instável transição após o reinado de Davi (1 REIS 1.1 - 2. 46), escolheu Salomão sabedoria (1 REIS 3. 5-15), simples e prática (1 REIS 3. 16-28) bem como de grandes proporções e amplas consequências (1 REIS 4. 29-34), conforme registrado no livro de Provérbios.  Construiu o Templo planejado por Davi (1 REIS 5.1 - 7. 51), que na oportunidade em que foi consagrado pelo Rei, ficou repleto da presença de DEUS (1 REIS 8. 1-66), que reafirmou sua aliança, mas lembrou Salomão da necessidade de obediência à sua palavra (1 REIS 9. 1-19). Salomão tornou-se extremamente rico (1 REIS 10. 14-29), conforme testemunhou a rainha de Sabá (1 REIS 10. 1-13), em consequência do comércio e da cobrança de impostos.  Possuía setecentas esposas e trezentas concubinas, reveladoras de sua incapacidade de controlar o seu apetite sexual, que o conduziu à ruína, pois suas esposas estrangeiras trouxeram seus deuses estrangeiros, que conquistaram o coração de Salomão (1 REIS 1. 11-13);

5. A divisão do Reino - em razão dos impostos exorbitantes e do trabalho compulsório, Roboão, filho e sucessor de Salomão, rejeitou a sabedoria dos anciãos, e impôs fardos ainda mais pesados às tribos do Norte (1 REIS 12. 1-15), que o rejeitaram, e coroaram Jeroboão, um dos oficiais de Salomão, como Rei de um reino separado (1 REIS 12. 16-24), o que resultou na divisão do Reino em dois: Judá, no sul, e Israel, no Norte, que jamais retornarm a se juntar.  Jeroboão estabeleceu santuários no Reino do Norte, para evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém para adorar, pecado censurado pelos profetas (1 REIS 13. 1 - 14. 20).  Os reis de Israel foram perversos, e a maioria dos reis de Judá praticou a obediência.



6. Elias (1 REIS 17. 1 - 21. 29; 2 REIS 2) - profeta do SENHOR, desafiou Israel por adotar a adoração a Baal ou, o sincretismo na adoração simultânea a Baal e a DEUS.  Seu ministério era associado a milagres que demonstraram a provisão (1 REIS 17. 1-6), compaixão (1 REIS 17. 7-24; 21. 1-29), e supremacia de DEUS (1 REIS 18. 16-46);

7. Mensagem - "a obediência leva à bênção".  O livro de Reis não narra uma história política e social, mas sobretudo espiritual: sempre que um rei obedecia à aliança, Israel era abençoado.  O princípio da obediência, de raiz deutoronômia, dado por Moisés (DEUTERONÔMIO 28), constitui-se na luz orientadora da análise do autor;

8. Pofetas - além de Elias, merecem registro Aías (1 REIS 11. 29-39; 14. 1-18), Semaías (1 REIS 12. 22-24), Micaías (1 REIS 22. 1-28), que desafiaram os Reis quando desobedeciam à aliança e os encorajaram quando a obedeciam.

9. O declínio - devido a Salomão haver iniciado a destruição da nação, através da importação de deuses, e de suas exigências exorbitantes para a construção de seu palácio e do Templo, aliado à ausência de sabedoria de seu filho Roboão, conduziu Israel à confusão da qual nunca se recuperou, porquanto o povo de DEUS dividido nunca voltou a unir-se, e, com frequência, entraram os reinos de Israel e Judá em conflito, o que provocou a instabilidade em Israel, chefiada por vinte diferentes governantes de nove dinastias distintas, que conduziu a Nação a ser destruída pelos assírios, em contraste com Judá, que também teve vinte governantes, entretanto, provenientes da dinastia davídica, a demonstrar a sua maior estabilidade, que contava com seu Templo, fato que contribuiu com a adoração a DEUS, através da fidelidade de seu povo, enquanto o povo de Israel era constantemente seduzido a adorar Baal, cujo culto continha rituais sensuais de fertilidade.



BIBLIOGRAFIA



Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.

Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.

VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.

Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.

GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.

Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

2 SAMUEL

1. Introdução - começa a partir do ponto em que termina 1 SAMUEL, pois na verdade formam apenas uma obra.  Começa com o poema de lamentação pela morte de Saul e Jônatas (cap. 1), depois concentra a narrativa na história do reinado de Davi, primeiro sobre a tribo de Judá (caps. 2-4), e depois, sobre todo o Israel (caps. 5-24);


2. O novo rei - o "homem segundo o coração de DEUS" lamentou a morte de Saul e de Jônatas (2SAMUEL 1. 17-27), tanto que matou o amalequita que falsamente declarou haver matado Saul (2 SAMUEL 1. 1-16), numa atitude reverente à realeza, que fez Davi buscar a DEUS (2 SAMUEL 2. 1), em vez de reivindicar o que DEUS lhe prometera, de imediato, porquanto conhecia e vivia o que se encontra em ECLESIASTES 3. 1-8, pois apesar de haver sido bem aceito como rei por Judá (2 SAMUEL 2. 2-4), Israel somente após sete anos, e da morte de Isbosete, filho de Saul, ser morto, aceitou-o como rei;

3. A nova capital - Jerusalém, estrategicamente situada sobre a fronteira entre o reino do norte e do sul, foi tomada dos jebuseus, e transformada na capital real, onde Davi fixou residência (2 SAMUEL 5. 6-14).  Após a construção do templo por Salomão, seu filho (1 CRÔNICAS 28. 2-3), Sião, nome da colina sobre a qual foi construída Jerusalém, Sião ficou conhecida como "a cidade de DEUS" (SALMO 46. 4-5; 87. 1-7), símbolo para o povo de DEUS (HEBREUS 12. 22-23; 1 PEDRO 2. 4-6; APOCALIPSE 14. 1). Reconheceu, publicamente, a soberania e o governo de Yahweh, o SENHOR, sobre sua pessoa, trono e nação, ao providenciar a retirada da Arca Sagrada da casa de Abinadabe e havê-la transportado para Jerusalém (2 SAMUEL 6; SALMO 132. 3-5).  Entretanto, ao haver desobedecido ao transportá-la (ÊXODO 25. 12-14), provocou o desastre, e a sua raiva (2SAMUEL 6. 6-11), até que conseguiu levar a Arca da Aliança, após meses, de reflexão e obediência à Palavra de DEUS (2 SAMUEL 6. 12-23);



4. As novas vitórias - DEUS estava com Davi, inegavelmente, e o fez vitorioso em diversos combates (2 SAMUEL 5. 17-25; 8. 1-14; 10. 1-19).  Estabeleceu o reinado sob a proteção de DEUS, e o honrou (2 SAMUEL 22).  Sob o reinado de Davi, o reino de Israel foi estendido do Golfo de Aqaba, no sul, até a parte superior do Rio Eufrates, no norte;




5. A nova aliança - Davi cria ser injusto viver em um palácio enquanto DEUS manifestava-se em uma tenda (2 SAMUEL 7. 1-2), de modo que intentou edificar um templo.  Ocorre que DEUS não permitiu, por causa do sangue das guerras de suas mãos (1 CRÔNICAS 28. 2-3).  Contudo, o SENHOR respondeu que antes construiria uma casa para Davi, um reinado eterno (2 SAMUEL 7. 4-10), conhecido como "aliança davídica", pois Davi, ao contrário de Saul, sempre teria um descendente no trono (2 SAMUEL 7. 11-16).  De fato, o Novo Testamento revela que esse descendente é JESUS, "o filho de Davi", "que reina de um trono eterno do céu" (LUCAS 1. 32-33; APOCALIPSE 22. 16).  Grato, Davi respondeu à Palavra de DEUS com oração de humildade, gratidão e louvor (2 SAMUEL 7. 18-29);

6. Os novos problemas - apesar de se constituir no maior líder humano de seu tempo, a sua condição de ser humano resta descortinada na segunda metade de 2 SAMUEL, que trata das falhas de Davi: a) na vida pessoal - em decorrência do adultério e da conspiração para matar (2 SAMUEL 11. 1-27), contudo, diferentemente de Saul (que arrumava desculpa para o pecado, ou culpava outros), Davi confessou logo, e foi perdoado (2 SAMUEL 12. 1-25); b) na vida familiar - em virtude constituir-se em um pai relapso, que falhou em não disciplinar Amnon, quando estuprou Tamar (2 SAMUEL 13. 1-21), bem como por não disciplinar Absalão, ao ter vingado a irmã (2 SAMUEL 13. 23-39); c) na liderança - ao contar seus soldados, que revelou sentimento de orgulho, ou falta de fé na Palavra de Deus, tendo sido Davi julgado por essa atitude (2 SAMUEL 24. 1-25), pois nem mesmo o rei encontrava-se isento de receber a disciplina divina (2 SAMUEL 7.14).



BIBLIOGRAFIA



Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.

Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.

VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.
Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.

GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.

Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.

sábado, 2 de novembro de 2019

1 SAMUEL

1. Significado - "o nome de DEUS";

2. Autor - Profetas Samuel (principal personagem do livro), Natã e Gade, conforme registrado em 1 CRÔNICAS 29. 29: "Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente,";

3. Data - Registra o nascimento de Samuel (primeira parte do século XI a.C., o último dos juízes, chefes de Israel), até a morte do Rei Saul e de seus filhos (1 SAMUEL 31, início do século X a.C.);

4. Conjuntura - fornece um elo entre os o período dos Juízes, caracterizado pela falta de coesão, e pela anarquia entre as tribos de Israel - "Naquela época, não havia rei em Israel; cada pessoa fazia o que lhe parecia certo." (JUÍZES 17. 6, KJA),  e a monarquia, tendo constituído-se Samuel no ser profeta usado por DEUS para ungir o primeiro Rei de Israel: "Samuel havia trazido consigo um frasco de azeite e o derramou sobre a cabeça de Saul, beijou-lhe uma das faces e declarou: “Porventura Yahweh não te ungiu para seres príncipe sobre a sua herança?";

5. Nascimento de Samuel - Filho de Elcana, descendente de Levi (1 CRÔNICAS 6. 33-43), e Ana, estéril, orou ao SENHOR, e recebeu a promessa, por intermédio do sacerdote Eli, de que teria um filho, motivo pelo qual consagou a sua vida a DEUS (1 SAMUEL 1);


6. Surgimento da Monarquia - anunciada por DEUS a Moisés: "Quando tiveres entrado na terra que o SENHOR teu Deus te concede, tomado posse dela e nela habitares, e pedires: ‘Quero estabelecer sobre mim um rei, como todas as nações que me rodeiam’, deverás estabelecer sobre ti um rei que tenha sido escolhido pelo SENHOR, teu Deus; é um dos teus irmãos que escolherás para governar sobre ti. Não poderás nomear um estrangeiro que não venha dentre teus próprios irmãos israelitas." (DEUTERONÔMIO 17. 14-15, KJA); e diante da inaptidão dos filhos de Samuel: "Quando Samuel ficou idoso, nomeou seus filhos como juízes e líderes de Israel. O primogênito chamava-se Joel, e o segundo filho, Abias; eles foram líderes em Berseba. Entretanto, os filhos de Samuel não seguiram o seu exemplo. Ao contrário, deixaram-se seduzir e orientar-se pela ganância, aceitaram suborno e perverteram a lei e o direito." (1 SAMUEL 8. 1-3, KJA); todas as autoridades de Israel requereram a Samuel a instituição de um soberano: "Por isso todos os anciãos e autoridades de Israel se reuniram e foram falar com Samuel, em Ramá. E ponderaram-lhe: “Tu envelheceste, e teus filhos insistem em não andar nos teus caminhos. Portanto, constitui sobre nós um rei, o qual exerça a justiça sobre nós, como acontece em todas as nações ao nosso redor!”" (1 SAMUEL 8. 4-5, KJA)";

7. A História de Saul - escolhido por DEUS para reinar, conforme os padrões do povo de Israel: "E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, filho de Afia, filho de um homem de Benjamim; homem poderoso. Este tinha um filho, cujo nome era Saul, moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo." (1 SAMUEL 9. 1-2, ACF); começou bem o seu reinado, com a vitória sobre os amonitas (1 SAMUEL 11). Entretanto, devido à sua desobediência à palavra de DEUS: "Tu, porém, descerás antes de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, e para oferecer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer." (1 SAMUEL 10. 8, ACF); "E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, Eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto. Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o Senhor, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou." (1 SAMUEL 13. 8-14, ACF); "Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. O que Saul convocou ao povo, e os contou em Telaim, duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá. Chegando, pois, Saul à cidade de Amaleque, pôs emboscada no vale. E disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio dos amalequitas, para que não vos destrua juntamente com eles, porque vós usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. Assim os queneus se retiraram do meio dos amalequitas. Então feriu Saul aos amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito. E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da espada. E Saul e o povo pouparam a Agague, e ao melhor das ovelhas e das vacas, e as da segunda ordem, e aos cordeiros e ao melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda a coisa vil e desprezível destruíram totalmente." (1 SAMUEL 15. 1-9, ACF); DEUS o rejeitou como Rei: "Contudo, Samuel declarou: “Agrada-se mais a Yahweh com holocaustos e sacrifícios do que com a sincera obediência à sua Palavra? De modo algum, a obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão do coração mais do que a gordura dos carneiros. Porquanto a rebeldia é como o próprio pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria! Porque rejeitaste a Palavra de Yahweh, Ele também o rejeitou como rei do seu povo! (1 SAMUEL 15. 22-23, KJA). Atormentado por espírito maligno enviado pelo SENHOR (1 SAMUEL 19. 9), passou Saul a perseguir Davi, e angustiado pela falta da direção de DEUS em sua vida, procurou uma pitomisa, que consulta mortos (mais uma desobediência à palavra de DEUS) - "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." (DEUTERONÔMIO 18. 10-12) - de modo que faleceram Saul e seus filhos (1 SAMUEL 31. 1-6), poucos dias após consultar a médium (1 SAMUEL 18. 1-19);

8. Davi é escolhido por DEUS para reinar - DEUS usou Samuel para escolher um homem segundo o seu coração, e não conforme a aparência: "Entretanto, Yahweh assegurou a Samuel: “Não te impressione diante da aparência nem da estatura desse homem, pois Eu o rejeitei. Eis que Deus enxerga não como o ser humano vê, porquanto o homem julga e toma em elevada consideração a aparência, mas o SENHOR sonda o coração." (1 SAMUEL 16. 7, KJA). Davi, repleto do Espírito de DEUS - "Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá." (1 SAMUEL 16. 13) - era o músico que acalmava o atormentado Saul: "E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele." (1 SAMUEL 16. 23) - foi o guerreiro que venceu Golias, gigante dos filisteus, com a sua própria experiência com DEUS, com as suas próprias armas: "Saul vestiu Davi com sua própria túnica de combate, colocou-lhe uma armadura e lhe pôs um capacete de bronze na cabeça. Davi prendeu sua espada sobre a túnica e se esforçou para andar, porquanto não estava treinado a usar todo aquele paramento militar. Então, declarou a Saul: “Não posso me locomover com tudo isto, porque não estou acostumado!” E, imediatamente, desembaraçou-se de toda aquela armadura. Em seguida, Davi tomou na mão o seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras bem lisas e as colocou no seu bornal de pastor, isto é, numa espécie de sacola. Pegou sua atiradeira e partiu ao encontro do filisteu. Neste mesmo momento, o filisteu, com seu escudeiro à frente, vinha se aproximando na direção de Davi. Golias parou e olhou bem para Davi, e começou a caçoar porquanto seu oponente não passava de um jovenzinho, ruivo, bronzeado e de boa aparência. Então esbravejou Golias a Davi: “Sou por acaso um cão, para que venhas ter comigo com um pedaço de madeira?”, e o filisteu amaldiçoou Davi pelos seus deuses. Disse mais o filisteu a Davi: “Vem cá, e darei a tua carne às aves do céu e às feras do campo!” Contudo Davi retrucou ao filisteu: “Tu vens contra mim com espada, lança e escudo pontiagudo; eu, no entanto, venho a ti em Nome de Yahweh, o SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel que desafiaste! Hoje mesmo, Yahweh te entregará em minhas mãos, eu te ferirei e te deceparei a cabeça, e darei o teu corpo e os cadáveres do teu exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens. Toda a terra saberá que há Deus em Israel, e toda esta multidão aqui reunida conhecerá que não é pela espada nem pela lança que Yahweh concede a vitória, porque Yahweh é o SENHOR das batalhas, e Ele vos entregará em nossas mãos!” Então logo que o filisteu partiu e avançou em direção a Davi, este saiu das suas linhas e correu ao encontro do grande filisteu. Davi levou a mão ao seu alforje, apanhou rapidamente uma pedra que lançou por meio de sua atiradeira e atingiu o filisteu na testa, de tal modo que ela ficou encravada, e ele tombou, dando com o rosto no chão." (1 SAMUEL 17. 38-48, KJA) - era amigo (1 SAMUEL 18. 1-4), e desprovido de sentimentos negativos, poupou a vida de Saul, que o perseguiu durante dez anos, por duas vezes (1 SAMUEL 24 e 26).

BIBLIOGRAFIA
Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.
Bíblia King James Atualizada (KJA). 2 ed. São Paulo: SBIA, Abba press, bvbooks, 2012.
VINE, W. E. Dicionário VINE. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.
Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada (ARA). 2. ed. Barueri-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. 1. ed. 19. reimp. São Paulo: Vida, 2005.
Bíblia Sagrada Boas Novas (NVI). 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2014.